segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

Oficina de Turismo de Base Comunitária é realizada em Porto Grande-AP

Ocorreu na manhã do dia 15 de dezembro de 2018, no município de Porto Grande-AP a primeira oficina de Turismo de Base Comunitária (TBC) realizada pela equipe de gestão da Floresta Nacional do Amapá. A oficina teve como objetivo introduzir a temática aos moradores da região, bem como compreender o entendimento dos mesmos acerca do TBC e suas expectativas.

No primeiro momento da oficina, todos os participantes expuseram, através de frases curtas, quais suas expectativas com o Turismo de Base Comunitária. Foram citados como expectativas frases relacionadas, principalmente, à melhoria de renda através da atividade e apresentar ao público externo a realidade local e vivência dos moradores do Araguari.

Num segundo momento buscou-se verificar qual a compreensão dos participantes acerca do tema abordado. Foi comum em alguns posicionamentos que a comunidade estaria inclusa no processo e seria protagonista do mesmo. Para finalizar a intenção de construir coletivamente um conceito, foram apresentados dois vídeos com experiências de Turismo de Base Comunitária (O primeiro vídeo foi o "Uma Experiência Única" (https://www.youtube.com/watch?v=mY5hoLP3_9Q), realizado pela ONG Saude e Alegria, na Reserva Extrativista Tapajós-Arapiúns e Floresta Nacional do Tapajós, no oeste paraense. O segundo foi o "Rede Cearense de Turismo Comunitário Tucum - Prêmio FBB de TS 2011" (https://www.youtube.com/watch?v=NsCxC-L5r-E), realizado pela Fundação Banco do Brasil em que se apresente a Rede Tucum e como surgiu o projeto de TBC na região litorânea do Ceará) e, posterior a isso, os participantes expuseram o que puderam compreender melhor sobre a prática do TBC, que foi muito relacionado a necessidade de uma organização comunitária.

A terceira etapa da oficina buscou, através da visão dos participantes, quais são as vantagens/facilidades e as desvantagens/dificuldades para a realização da atividade na região. Os mesmos apresentaram os potenciais da região que atrairiam turistas, bem como situações internas e externas que dificultam a implantação.

Facilitação Gráfica do processo. Foto: Charly Sanches.


Como último momento de construção, os participantes expuseram, através de papéis que representavam suas mãos, o que já fizeram pelo turismo na região e o que podem fazer futuramente. Muitos apontaram já terem recebido turistas na sua casa, cozinhado ou acompanhado em trilhas. Outros afirmaram não terem tido qualquer tipo de experiência. Com a explanação do que já tinha sido feito enquanto oferta de serviços turísticos, foi possível traçar uma linha do tempo da região e com a explanação do que pode ser feito, foi possível criar um quadro de metas.

Participantes e equipe facilitadora. Foto: Sueli Pontes.

Com um público de 22 participantes, sendo estes comunitários residentes no curso do Rio Araguari (Floresta Nacional do Amapá e Floresta Estadual do Amapá e Assentamento Manoel Jacinto), guias turísticos e Guarda Parques, a oficina foi a primeira de outras que já estão previstas para ocorrerem mensalmente. A Gestão da Unidade pretende ajudar os comunitários a construírem o melhor modelo de turismo pra região e o melhor modelo de organização comunitária, apoiando e fortalecendo a atividade como opção de modelo socioeconômico para a região do Araguari.

Durante o evento foi apresentado o documento "Turismo de Base Comunitária em Unidades de Conservação Federais - Princípios e Diretrizes 2018" (http://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/comunicacao/publicacoes/turismo_de_base_comunitaria_em_uc_2017.pdf), que tem como objetivo estabelecer um marco referencial para o TBC nas UC Federais.

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