segunda-feira, 27 de maio de 2019

IV Oficina de Turismo de Base Comunitária

   Na manhã do dia 18 de maio de 2019, foi realizada a quarta oficina de Turismo de Base Comunitária (TBC) na Floresta Nacional (Flona) do Amapá, na Escola Municipal Acre, no município de Porto Grande. O evento teve como objetivo fazer uma introdução sobre a pesca esportiva e turismo de pesca na Amazônia para moradores da região e apresentar alguns conceitos e experiências em outras áreas protegidas.
   Participaram 21 pessoas, sendo 14 comunitários da Bacia do Alto Rio Araguari, 06 pessoas da equipe de organização e 01 proprietária de hospedagem do município de Porto Grande.

 Participantes da IV Oficina (Foto: Érico Kaunao)
   Fábio Carvalho, servidor do ICMBio em Santarém, e entusiasta da pescaria esportiva conduziu a conversa sobre o tema. Primeiro fez uma apresentação sobre o que é pesca e recurso pesqueiro e segundo a legislação do Brasil. Mostrou as possibilidades de pesca em Unidades de Conservação no Brasil, e formas de administrar e cuidar da pesca em áreas protegidas que permitem a atividade. Além de trazer algumas experiências de outras regiões da Amazônia com o turismo de pesca, como por exemplo na Terra Indígena Médio Rio Negro I (São Gabriel da Cachoeira/AM) e na Flona do Tapajós (próximo a Santarém/PA).
   A pesca esportiva é uma modalidade em que o foco é a diversão na atividade. Nessa pesca, os peixes devem sempre ser devolvidos à água. Para facilitar o entendimento, Fábio, durante sua fala, utilizou uma comparação com o futebol: "Quem gosta de jogar futebol, não fura a bola no final do jogo". Dessa forma, o pescador esportivo não quer que o peixe acabe e por isso não mata o animal pescado, devolvendo ao rio.

IV Oficina - Círculo de Diálogo (Foto: Érico Kauano)
   Fábio também explicou que os pescadores esportivos normalmente possuem foco em uma espécie, eles se dividem no tipo de peixe que cada um gosta de pescar. E o desafio é conseguir capturar o maior indivíduo possível, ou seja, para uma área atrair esses pescadores, deve ter peixes grandes.
   Dessa forma, uma questão muito importante é como a população cuida do seu recurso pesqueiro, como ela administra a pesca e a qualidade do pescado na sua região. Pois, só com a existência de peixes de qualidade uma região sempre irá atrair esse tipo de turista.

 Facilitação Gráfica - Produção: Chaly Sanches (Foto: Érico Kauano)

Sobre as possibilidades da atividade na região do Rio Araguari, Fábio disse que acredita que os moradores interessados deveriam focar na pesca do "trairão", já que os relatos indicaram a existência de indivíduos considerados grandes (entre 7 e 15 kilos) e que ele conhece apenas três áreas no Brasil onde é possível encontrar peixes dessa espécie com potencial para a atividade. Além disso, segundo ele, somente uma dessas áreas pode ser considerada um bom local para o turismo de pesca.
Visita Técnica
   Antes da oficina, a equipe do ICMBio levou Fábio para uma visita técnica à região da Flona. Também participou da equipe Arlison Henrique, que além de ser Técnico em Pesca, também trabalha na ECAM, uma ONG parceira do ICMBio. Nessa atividade puderam conhecer melhor a realidade local, conversar com os comunitários e conhecer suas moradias, estilo de pesca e peixes mais encontrados na região.
Próxima Oficina
   O próximo encontro está marcado para o dia 06 de julho de 2019, em Porto Grande, e será uma oficina em que se discutirá como os moradores podem se organizar para o desenvolvimento da atividade na Flona do Amapá.

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